A família dos mustelídeos, pouco mais pobre em espécies e subespécies que a dos viverrídeos, é uma das mais difíceis de descrever, e os carnívoros que a compreendem possuem caracteres morfológicos muito variáveis, principalmente no que concerne aos membros e à dentição.
Características dos mustelídeos
Este grupo é constituído por animais de tamanho pequeno ou médio, cujo corpo, alongado, é sustentado por membros curtos, providos de pés com quatro ou cinco dedos, armados estes de garras retráteis ou não.
Na base da cauda localizam-se as glândulas anais, que secretam um líquido fétido. Os mustelídeos estão entre os mais malcheirosos animais, e suas secreções, ao contrário das dos viverrídeos, não contêm nenhuma substância atualmente utilizável. Seu corpo é em geral recoberto por uma pelagem muito densa, formada por pelos finos.
A estrutura dos mustelídeos caracteriza-se pela delicadeza e elegância de suas formas. O número de dentes varia de 28 a 38, e os caninos são sempre muito desenvolvidos.
Exemplos de mustelídeos
São muitos os animais classificados nesse família. Podemos destacar por exemplo:
Hábitos
Terrícolas alguns, muitos são excelentes escansores, ao passo que outros vivem na água. Todos nadam muito bem. Grande número deles cava extensas galerias no solo, chegando mesmo a apropriar-se das de outros animais.
Alguns se acomodam nos ocos das árvores ou nos ninhos de esquilos ou de aves. Quase todos têm uma morada fixa, mas alguns levam vida nômade, vagando de um lugar para outro segundo as suas conveniências.
Comportamento
Em geral animais muito espertos, os mustelídeos são extremamente ágeis e capazes de executar os mais variados exercícios físicos. Na água utilizam não só os membros como também a cauda. Nas árvores, escalam os ramos mais delgados, apesar de suas garras curtas.
Em qualquer circunstância, demonstram um senso de equilíbrio muito desenvolvido. Cada movimento seu é perfeitamente adaptado à conformação do corpo. Assim, a zibelina e a marta erguem-se para saltar, enquanto que a fuinha, de formato semelhante, se curva para o solo e adota um andar deslizante. O furão corre tão ligeiro como nu rato, mas a lontra, na terra, tem movimentos mais lentos.
Alimentação dos mustelídeos
Em sua maior parte, os mustelídeos são exclusivamente carnívoros e consonem grande quantidade de mamíferos, aves, anfíbios e insetos. Certas espécies comem também moluscos, peixes e crustáceos. Outras, em número menor, não desprezam as carniças. Algumas ainda, excepcionalmente em certas épocas, comem produtos vegetais, em particular frutos bem maduros.
Reprodução
As crias, cujo número pode variar de uni a dez, nascem com os olhos fechados. Devem ser amamentadas durante muito tempo e exigem cuidados assíduos. A mãe vela continuamente por elas e, em caso de perigo, transporta-as para outro esconderijo.
Os mustelídeos como animais domésticos
Capturados jovens, os mustelídeos amansam facilmente. Como cachorrinhos, seguem o dono e auxiliam-no a pescar e a caçar.
Os furões, há muito tempo utilizados na caça ao coelho, são bastante apreciados pelos caçadores furtivos e ilegais. Apesar de se mostrarem úteis no conjunto, controlando o número de roedores, os mustelídeos são perseguidos sem trégua por suas incursões nos galinheiros e nas coelheiras.
Excetuando-se os mongóis, para os quais consumir a carne de lontra constitui um ato de penitência, pode-se dizer que ninguém come animais da família dos Mustelídeos. De outra parte suas peles são muito apreciadas, principalmente as da marta, lontra e visou.
Características dos mustelídeos
Os Mustelídeos caracterizam-se por:
- Dimensões geralmente reduzidas, com exceção da ariranha que pode atingir três metros.
- Formas elegantes, esbeltas e flexíveis, excetuando-se o glutão e o texugo que possuem corpo maciço.
- pelagem densa e escura que pode tornar-se branca no inverno.
- Dentição de caninos desenvolvidos constituída por 28 a 38 dentes.
- Presença característica, em muitas: espécies, de glândulas anais com secreção de uma substância fétida.
Distribuição geográfica
Encontram-se mustelídeos distribuídos por todos os continentes, mas eles não existem na Austrália nem em Madagáscar. Suportando altitudes e climas os mais diversos, os Mustelídeos vivem tão bem na planície como na montanha. Existem cerca de 70 espécies, que desempenham papel fundamental no equilíbrio biológico.
Habitam de preferência as florestas ou as regiões rochosas, mas podem igualmente ser encontrados nas planícies abertas, nos jardins e até mesmo nos lugares habitados pelo homem.
Com efeito, impedem a proliferação excessiva de animais de pequenas dimensões, particularmente os, Roedores. No Brasil, as lontras e ariranhas tornam-se cada vez mais raras.
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