O lobo da terra (Proteles cristatus), também conhecido como protelo, lembra muito a hiena-listrada, mas possui orelhas maiores e mãos dotadas de cinco dedos. Confira a seguir as características e curiosidades desse raro mamífero em um resumo completo.
Características do lobo da terra
Sua dentição, menos possante que a da hiena, apresenta molares tão pouco desenvolvidos que parecem em vias de regressão e desaparecimento, isto é, vestigiais.
Seu comprimento é aproximadamente de 80 cm, sem contar a cauda, que mede uns 30 cm. A pelagem do lobo da terra, formada de uma penugem muito macia e de longos pelos sedosos, apresenta listras negras nos flancos, que se destacam sobre um fundo amarelado.
A cabeça é escura, matizada de amarelo, e o focinho castanho-escuro. A parte inferior do corpo é de um amarelo-sujo. A cauda é metade negra. Os pelos alongam-se na linha dorsal para formar uma crina escura mesclada de amarelo.
Distribuição geográfica do protelo
O lobo da terra (protelo) vive na África oriental, central e meridional. É encontrado desde o Sudão e a Somália até o Cabo.
Hábitos
Este membro da família dos Hienídeos é também um animal noturno. Durante o dia, refugia-se nas tocas abandonadas de oricteropos, as quais possuem numerosas entradas e são bastante amplas para abrigar vários indivíduos.
Se bem que robusto e armado de sólidos caninos que lhe permitem defender-se do ataque de predadores, sua principal defesa consiste em projetar um líquido almiscarado produzido por suas glândulas anais.
Reprodução do lobo da terra
As ninhadas de lobo da terra são geralmente de duas crias, mas, como as fêmeas se reúnem para criar seus filhotes em comum, acreditou-se durante muito tempo que seu número fosse normalmente seis.
Alimentação
O lobo da terra (protelo) nutre-se essencialmente de insetos, em particular de cupins, que desaloja escavando os termiteiros com suas garras poderosas; mas come também camundongos e ovos.
É um animal muito inteligente: ao atacar um cupinzeiro, é capaz de comer uma quantidade enorme de cupins em uma só noite. Entretanto, ele não destrói todo o cupinzeiro: permite que metade dos cupins continuem ali para reconstruírem e repovoarem. Assim, ele volta em outra ocasião e continua se alimentando dos mesmos.
Em cativeiro aceita, sem entusiasmo, carne fresca. Este animal tomou-se tão raro que a Convenção para a Proteção da Fauna da África o colocou entre as espécies estritamente protegidas.
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