Doninha, Animal Silvestre | Características | Doméstica e Estimação

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A doninha é um curioso animal silvestre, muito apreciado como um mascote de estimação doméstico. Nesse artigo você aprenderá tudo sobre esse curioso mamífero em um resumo completo.

Características da doninha

A doninha mede de 20 a 30 cm, do focinho à ponta da curta cauda de 5 cm. Seu corpo, de aspecto notavelmente alongado, faz com que ela pareça ainda mais esbelta do que realmente é.



Na verdade, a cabeça e o pescoço são particularmente longos; o corpo, quase sinuoso, é sustentado por membros muito curtos e delgados. As plantas dos pés são guarnecidas de pelos entre as calosidades digitais e os dedos são munidos de unhas afiadas.

A cauda é curta em relação ao corpo e afina-se progressivamente em direção à extremidade. As orelhas, largas e arredondadas, estão situadas lateralmente e muito para trás da cabeça; os olhos são oblíquos, pequenos e muito brilhantes.

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Pelagem

O corpo é recoberto por uma pelagem lisa, de comprimento médio, castanho-avermelhada, ao passo que o ventre e a parte interna dos membros são brancos. Nas regiões mais setentrionais a doninha apresenta, no inverno, uma pelagem marcada por manchas de tonalidade acastanhada e esbranquiçada.



Ao contrário do que acontece com o arminho, a ponta da cauda da doninha jamais se mostra negra.

Habitat das doninhas

A doninha é um dos carnívoros mais difundidos no mundo, sendo encontrada em toda a Europa, no norte da África, em grande parte da Ásia, inclusive China e Japão, e na América do Norte.

Vive, indiferentemente, nas planícies e nas montanhas, nos campos descobertos e nas mais densas florestas, nas regiões desérticas e nos lugares habitados pelo homem. Abriga-se em montes de pedras, nos velhos muros em ruínas, em tocas escavadas ao longo das margens dos cursos de água e em galerias de outros animais.

Comportamento da doninha

Durante o inverno, refugia-se nas choças, estrebarias, paióis e outras construções rurais. Quando não é molestada pelo homem, chega a caçar durante o dia. Em caso contrário, só sai depois do anoitecer. Se nos aproximarmos em silêncio de seu abrigo, poderemos surpreendê-la e observá-la.



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Mas, se ela percebe presença estranha, ergue-se nos membros posteriores, inspeciona os arredores e encara o intruso com um ar de desafio que chega a ser cômico. A doninha é combativa e sanguinária: ataca todos os animais pequenos e defende-se com valentia dos perseguidores, ainda que maiores que ela.

Não é raro que ataque o homem e só se decide a soltar uma presa após encarniçada luta. Assustada, morde as patas dos cavalos ou dos animais que passam perto de seu abrigo. Em caso de recurso extremo, defende-se como o cangambá, projetando sobre o inimigo um jato de líquido negro e de odor nauseante.

Em todas as situações, a coragem deste mustelídeo é acompanhada de uma presença de espírito notável. Comumente a doninha encontra meios de escapar aos mais sérios perigos e jamais se dá por vencida, mesmo quando agarrada por uma ave de rapina. O açor, predador temível e de força pouco comum, é talvez a única ave que pode dominá-la.

Alimentação das doninhas

Predadora emérita, a doninha caça grande número de camundongos, ratos-silvestres e ratos-comensais, toupeiras, lebres, coelhos, frangos, pombas e aves silvestres. Destas, são sobretudo as que nidificam no solo as que mais sofrem com seus ataques; contudo, as que fazem seus ninhos nas árvores não estão tampouco a salvo.

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A doninha caça igualmente anfíbios, peixes, lagartos, cobras-de-vidro, cobras-d’água e até serpentes peçonhentas cujas picadas lhe podem ser fatais. Sua voracidade é tal que ela chega à prática do canibalismo, devorando animais de sua própria espécie.

Entretanto, lambe apenas o sangue das presas maiores, desprezando-lhes a carne; em troca, devora por completo as presas de porte menor. Rompe sem a menor dificuldade a carapaça dos caranguejos e aprecia a maioria dos insetos. Por fim, ela quebra ovos, cujo conteúdo suga.

Animal destemido

Muito ágil na corrida, na escalada e na água, a doninha demonstra ter igual talento tanto para atacar suas presas como para escapar a seus predadores. Tem-se verificado, com frequência, que as doninhas atacam em grupo as presas maiores, como por exemplo as lebres. Isto se explica pelo ‘fato de viverem em comunidades mais ou menos numerosas.

Época de reprodução

A época do cio cai em geral entre março e abril, mas as fêmeas podem ter várias ninhadas por ano, o que é raro entre os Mustelídeos. Todos os meses do ano são propícios. A implantação do ovo na parede uterina não é retardada e o nascimento se dá após uma gestação de 5 semanas.

As ninhadas são de 4 a 7 crias, que nascem, com os olhos fechados, num abrigo bem protegido, forrado de palha, de feno ou de folhagem. A mãe dá provas de sua dedicação cuidando dos filhotes com muita solicitude e amamentando-os durante longo período.

Doninha doméstica – Animal de estimação

É difícil amansar uma doninha, pois elas morrem ao serem privadas de liberdade. É mais fácil criá-las quando são capturadas muito jovens, no período de amamentação, confiando-as aos cuidados de uma gata que haja parido recentemente. As doninhas tomam-se então muito caseiras e sabem conquistar a simpatia de seus tratadores.

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Quando bem cuidada, a doninha doméstica pode viver 4 ou 6 anos em cativeiro. Em liberdade, constituem objeto da incessante perseguição que o homem lhes move. É certo que as doninhas às vezes atacam as aves domésticas, mas prestam bons serviços controlando as populações de roedores.

Curiosidades sobre as doninhas

Outrora, a doninha foi alvo de estranhas superstições populares. Em algumas regiões evitava-se pronunciar seu nome por medo de ofender o animal, que passava a perseguir quem se atrevesse a invocá-lo. Atribuíam-lhe poderes mágicos: afirmava-se que seu hálito pestilento podia causar a cegueira.

Diferentes partes de seu corpo eram utilizadas com fins curativos: seu sangue teria propriedades curativas, em especial para a epilepsia, e seu coração cru conferiria, a quem o comesse, o poder de predizer o futuro.

Em certas regiões os camponeses acreditam que a presença da doninha é de bom augúrio e traz felicidade. A verdade é que o auxílio que a doninha presta como predadora de pequenos mamíferos é extremamente valioso, devendo seu papel na manutenção do equilíbrio biológico ser reconhecido antes que ela seja extinta.

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