Cervo do Pantanal | Curiosidades, Fotos, Filhote | Resumo

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O cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus) é um mamífero que pertence à família dos cervídeos e apresenta características muito mais diferenciadas do que as que encontramos em todas as demais famílias da ordem dos Artiodáctilos. A seguir tudo sobre esse belo animal num resumo completo.

Anatomia do cervo do pantanal

Seus cornos ramificados, cheios e caducos, bastariam para caracterizá-los, podendo considerar-se secundária qualquer outra particularidade. De aspecto flexível e elegante, o cervo do pantanal tem corpo alongado e bem formado e pescoço grande e robusto.



A cabeça vai se adelgaçando consideravelmente da fronte para a extremidade do focinho, as pernas são longas e finas, os pés possuem dedos laterais mais ou menos atrofiados, mas sempre presentes, e cascos estreitos e pontudos.

Como em todos os cervídeos, o cervo do pantanal apresenta os olhos grandes e vivos, dotados de glândulas lacrimais odoríferas em seu bordo, mostrando-se as orelhas de tamanho médio, direitas, estreitas e móveis. O maxilar superior exibe 2 caninos, bem desenvolvidos por vezes, mas frequentemente de duração transitória.

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As glândulas odoríferas são numerosas e as fêmeas apresentam 2 pares de mamas. Exceto nas renas, os cornos, chamados galhadas ou aspas, são apanágio dos machos. Constituídos por prolongamentos ósseos que se originam nos ossos frontais, apresentam particularidade de cair e tomar a nascer anualmente, em estreita relação com o ciclo sexual.



Galhadas do cervo do pantanal

Primeiramente, é importante destacar que, dos cervídeos, tanto a rena fêmea ou macho possuem galhadas. Nas demais espécies, apenas o macho as possui.

O crescimento e a dimensão das galhadas do cervo do pantanal são influenciados pelo clima e alimentação: as pastagens ricas, os terrenos calcários e uma existência suficientemente pacífica favorecem seu desenvolvimento.

A título de exemplo, devemos assinalar que o aparecimento das galhadas dos cervídeos, mais precisamente nos filhotes do cervo do pantanal, ocorre durante o oitavo mês, momento em que a apófise frontal se abaúla, criando assim uma formação óssea característica o cornilho, sobre a qual se desenvolve a primeira haste, chamada adaga.

Características das galhadas

A galhada de um cervo do pantanal trata-se de um verdadeiro chifre, revestido por inteiro por um tecido fortemente irrigado, coberto de um pelo muito compacto, chamado veludo. Esta primeira haste, não ramificada, que pode atingir comprimento considerável, cai ao fim do segundo ano de vida do animal para se refazer no ano seguinte, munido de uma primeira ramificação que se chama esgalho de massacre.



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Em seguida, novas se desenvolvem anualmente, dispostas de maneira a formar bifurcações chamadas esgalhos. Nos cervídeos adultos passam-se de 70 a 120 dias, em média, para que as galhadas se renovem por completo: o acrescimento começa no verão, ao passo que a queda se verifica no inverno, após o período de reprodução.

Queda das galhadas

Durante o crescimento as galhadas do cervo do pantanal ficam recobertas pelo veludo tufoso, ricamente vascularizado. Terminado o crescimento, este veludo cai aos pedaços. A queda das galhadas é um fenômeno fisiológico. Uma zona de fratura aparece na base da galhada sob a influência de um novo equilíbrio hormonal sazonal.

Acontece muitas vezes que os dois cornos não caem ao mesmo tempo, mas sim com várias horas de intervalo. Embora a formação das galhadas se produza da mesma maneira em todos os Cervídeos, seu crescimento varia segundo as espécies.

Destacando-se

Quando termina sua função, o envoltório de pele dos chifres do cervo do pantanal desseca-se e o próprio animal destaca os farrapos, esfregando os chifres contra o tronco das árvores: os cornos adquirem então, ao secar, uma coloração mais escura. De modo geral a forma das galhadas é muito regular, embora sujeita a modificações provocadas pela alimentação e pelo local em que o animal vive.

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Para determinar a espécie de um Cervídeo a forma e a disposição de suas galhadas constituem sempre um dos principais elementos de referência, embora certos naturalistas tendam a duvidar de sua importância.

Habitat do cervo do pantanal

O cervo do pantanal povoa, desde os tempos mais recuados, uma grande parte da América do Sul, distribuindo-se desde o Amazonas até a Argentina.

No geral, todas as espécies de cervídeos adaptam-se a todos os climas, vivendo tão bem na planície como na montanha, nas florestas úmidas ou nas’ regiões áridas e desnudadas. Muitos deles se abrigam nos matos mais espessos, levando outros vida semelhante à da camurça, outro tipo de cervídeo.

Mudando de residência de acordo com as estações, o cervo do pantanal desce das alturas para a planície, e vice-versa, em busca do alimento de que necessitam. Alguns desses animais costumam emigrar, percorrendo então distâncias consideráveis. Todos eles são sociáveis e agrupam-se em grandes rebanhos

Alimentação do cervo do pantanal

Quando não são perseguidos, os cervos do pantanal têm hábitos diurnos, e os que vivem nos maciços montanhosos ou nas regiões desertas pastam o dia inteiro. Os cervos do pantanal, que têm uma alimentação muito variada, não estão presos, como certos Bovídeos, às pastagens herbáceas.

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O cervo do pantanal come ervas, flores, folhas, brotos e rebentos, cereais, frutos e bagas. Em caso de necessidade, contentam-se com cascas, musgos, líquens e cogumelos. São gulosos por sal e têm absoluta necessidade de água pura.

Reprodução

Os machos mais velhos separam-se da horda e vivem solitários ou com alguns companheiros. Na época do cio, quando vão ao encontro das fêmeas, provocam seus rivais, ocorrendo então entre eles combates por vezes mortais.

A fêmea dá à luz um filhote em cada barrigada, às vezes dois, excepcionalmente mais. Os recém nascidos mostram-se bem desenvolvidos e, ao fim de alguns dias, são capazes de seguir a mãe a qualquer lugar.

Foto de cervo do pantanal e seu filhote

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Resumo: Características dos cervídeos

Em conclusão, pode-se dizer que a família dos Cervídeos (a qual faz parte o cervo do pantanal) se compõe de animais ruminantes, caracterizados por:

  • Cornos ramificados, cheios e caducos, que se renovam anualmente; estes cornos, chamados galhadas, só se encontram nos machos, à exceção da rena, em cuja fêmea se apresentam e nas espécies dos gêneros Mosebus e Hydropotes, que não os possuem.
  • Dentição de herbívoros, composta de 32 ou 34 dentes, assim distribuídos: 6 incisivos: 4 caninos ou a completa ausência deles; 12 pré-molares; 12 molares.
  • Pés munidos de 4 dedos, sendo o segundo e o terceiro muito mais desenvolvidos que os outros.
  • Cervídeos apresentam formas geralmente ágeis e afiladas, focinho alongado, pescoço bem desenvolvido e membros delgados.
  • Tanto o cervo do pantanal quanto qualquer outro espécime de cervídeos possuem olhos grandes, sob os quais se acha uma glândula pré-orbital que desemboca numa lacrimal. A família dos Cervídeos, que compreende 4 subfamílias, 17 gêneros e umas 50 espécies, está amplamente representada na Europa, na Ásia, no noroeste da África e nas duas Américas.

Curiosidade: Cervo do pantanal em seu habitat

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