Bisão – Origem e História – Resumo – Bisão Europeu

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O bisão europeu (Elson honasus) é o maior mamífero da Europa. Os machos podem atingir 1,80 m de comprimento e pesar que uma tonelada, embora sua estatura tenha diminuído com o tempo. Nesse artigo você aprenderá tudo sobre o bisão europeu, suas características, origem e história.

Características

O bisão dá uma impressão de grande potência. Tem perfil convexo, como o do carneiro, e fronte baixa e muito larga. Os cornos, implantados lateralmente, são dirigidos para cima, em forma de parênteses, e apresentam seção redonda e ponta afilada.



As narinas do bisão são redondas, largamente abertas, mostram-se dispostas obliquamente, sendo a orelha e o olho mais ou menos pequenos. O pescoço, que se revela muito robusto, curto e largo, é provido de papadas (dobras da pele) que caem até o peito.

O garrote, nitidamente mais elevado que a garupa, forma uma bossa característica, em virtude de uma massa carnuda sustentada pelas apófises espinhosas e muito desenvolvidas das vértebras torácicas.

O corpo do bisão é recoberto por um velo abundante, lanoso e grosseiro, que forma a crina e folhos sobre o peito. O queixo tem urna barba pendente e termina por um grande tufo de pelos longos. A cor dominante é um bruno claro com reflexos mais ou menos ruivos; certas partes apresentam-se negras.

A fêmea, menor que o macho, exibe a mesma cor. Também seus cornos são menores e sua crina menos desenvolvida. Os recém-nascidos têm uma pelagem muito mais clara que a dos adultos.



Habitat

Durante o verão e o outono o bisão europeu vive nas zonas úmidas das florestas, onde se esconde nos locais mais densamente arborizados. No inverno prefere a altitude e os bosques mais secos. Os machos adultos vivem solitários, enquanto que as fêmeas e os jovens constituem hordas dirigidas por uma velha fêmea.

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Cada horda tem sua morada fixa aonde regularmente retorna. Todos os animais vivem em boa harmonia, pelo menos fora da época-do cio, mas as bordas nem sempre se veem com bons olhos, sobretudo ao primeiro contato, e as menores evitam cuidadosamente as mais numerosas.

Comportamento

O bisão é ativo tanto de dia como de noite. Pastam de preferência pela manhã e à tarde e, por vezes, até mesmo à noite. Alimentam-se de cascas, folhas, brotos e ervas. Arrancam toda casca que podem atingir, sacrificando assim os troncos mais novos e os mais flexíveis, e devoram completamente a folhagem. Preferem a casca sumarenta dos freixos, abandonando as coníferas.



No inverno, nutrem-se quase que exclusivamente de cascas, ramos e brotos, mas não desdenham os líquens nem a erva seca. Em seguida sentem necessidade de beber, precisando de água pura e fresca.

Embora seus movimentos sejam na aparência pesados, o bisão é um animal bastante vivo. Desloca-se habitualmente com passo rápido e galopa pesadamente, mas depressa, baixando e levantando a cauda com regularidade. Chafurda gostosamente nos brejos e nada muito bem, mesmo nos cursos de água.

Reprodução

A época do cio ocorre em agosto ou no começo de setembro, durando 2 ou 3 semanas. Nesta época, os bisões estão bem nutridos e mais vigorosos que no comum. Os cruzamentos são precedidos de rituais particulares e de combates encarniçados entre os machos.

Estes começam a desenraizar as árvores, depois a lutar entre si, no começo por brincadeira, em seguida a sério, investindo uns contra os outros e batendo-se com os chifres a ponto de quebrá-los. Pouco a pouco os machos mais idosos voltam às hordas e os combates se tornam cada vez mais violentos.

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Não é raro que os machos jovens sejam mortos no decurso destes terríveis encontros. Numerosos machos sucumbem durante o período do cio, o que também ocorre, às vezes, com algumas fêmeas. Quando o cio das fêmeas termina, os velhos bisões deixam a horda e retomam sua vida pacífica e solitária. Nove meses mais tarde, normalmente em maio ou começo de junho, as fêmeas dão à luz.

Comparados aos demais Bovinos, o bisão se reproduz em ritmo muito lento. Na floresta de Bialowieza, observou-se que as fêmeas tinham um filhote de três em três anos e que este lapso de tempo aumentava à medida que elas envelheciam.

Reprodução em cativeiro

Quando bem tratados, os bisões europeus reproduzem-se facilmente nos jardins zoológicos. Os nascimentos no cativeiro estão longe de diminuir, sendo, pelo contrário, mais numerosos que entre os bisões que vivem em liberdade.

Vários naturalistas sustentaram que o bisão teria contribuído, em certa medida, para a formação de numerosas raças bovinas. Observações recentes provaram que não existe nada disto. Entretanto, o cruzamento entre o bisão e a vaca doméstica é possível.

História e origem do bisão europeu

O bisão europeu achava-se outrora espalhado por todo o continente europeu e uma parte da Ásia. Durante a idade de ouro da Grécia este animal era comum na Bulgária e em quase toda a Europa central. Aristóteles, que o chamava Bonasus, descreveu-o pormenorizadamente.

Plínio deu-lhe o nome de Bisão e afirmou que seu país de origem era a Germânia. O animal desapareceu da Prússia, mas subsistiu por muito tempo na Hungria, particularmente na Transilvânia, região muito florestada, onde ainda era caçado no final do século XVIII.

Durante o século XIX o bisão, embora protegido, desapareceu em quase toda parte, pressionado pelo aumento contínuo da população e pela extensão das culturas, mas até a Primeira Guerra Mundial ainda se encontravam bisões europeus em estado selvagem na floresta de Bialowieza, ao nordeste da Polônia, e no Cáucaso, onde eram protegidos por leis extremamente rígidas e severas.

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Na grande floresta polonesa, hoje transformada em parque nacional, haviam 737 bisões em fins de 1914. Desde 1873 tinha sido constatada uma certa mortalidade devida a epizootias, e um grande número de animais fora abatido pelos caçadores furtivos. Durante o primeiro conflito mundial e nos anos que se seguiram os bisões de Biajowieza foram exterminados.

Década de 1920

Em todo o mundo não restavam mais que uns 40 bisões europeus, descendentes de animais que os czares haviam dado de presente a diversos parques e jardins zoológicos. A fim de preservar a espécie, uma sociedade internacional para a proteção do bisão foi fundada em 1923.

A seção polonesa dessa sociedade ainda hoje é bem ativa. Tentou-se mesmo reintroduzir o bisão em sua floresta de origem. Um macho e uma fêmea, provenientes da Suécia, foram conduzidos para ali em 1929, e mantidos sob vigilância em um cercado de 60 hectares.

Período pós guerra

Em 1938, viviam na Europa 96 bisões. Nessa época, havia sido realizada, na Alemanha, experiência de cruzamento entre o bisão europeu e o bisão americano para dar novo vigor à raça, que se considerava muito enfraquecida.

Ao término da Segunda Guerra Mundial restavam apenas 13 bisões em Bialowieza e, juntamente com os indivíduos conservados nos jardins zoológicos, os bisões de raça europeia existentes em todo o mundo somavam 93 indivíduos. Em 1960, seu número elevava-se a 300.

Só na Polônia havia 132, e 40 deles constituíam, em 1962, a população de Sialowieza. O bisão do Cáucaso ocupava, nas vertentes setentrionais da cordilheira, espessas florestas onde só foi descoberto em 1831. Estimado em 2.000 cabeças em meados do século passado, o rebanho não contava mais que 800 antes da Primeira Guerra Mundial.

Durante essa guerra, e também devido à Revolução russa, esses bisões foram praticamente exterminados. Parece que o último bisão foi morto em 1919. Bisões de Bialowieza foram introduzidos no Cáucaso após a Segunda Guerra Mundial e sua reaclimatação aí foi bem sucedida.

O número destes animais, no momento atual, eleva-se a 600, contando-se os que vivem cativos.

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