Sistema Nervoso Humano | Resumo | Anatomia e Funções

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Todas as funções vitais se desenvolvem sob o domínio do sistema nervoso humano, isto é, de uma rede formada por bilhões de células e de filamentos altamente especializados, que estabelece uma ligação entre os diversos órgãos de modo que, quando ocorrem mudanças em qualquer parte, logo se verificam outros fenômenos em outros setores, ainda que muito afastados.

Função do sistema nervoso humano

As funções do sistema nervoso humano são: proceder de forma que os órgãos funcionem coordenadamente; proporcionar ao organismo a possibilidade de adaptar-se rápida e corretamente às continuas modificações que se operam no ambiente em que vivemos; produzir as atividades mentais e psíquicas, “criar” o pensamento.



O cérebro – central do sistema nervoso humano

Encerrado nos ossos do crânio como em uma caixa-forte, o cérebro é o órgão soberano do sistema nervoso humano. Está dividido em duas metades ou hemisférios, direito e esquerdo, tendo aproximadamente a forma de feijões, ligados um ao outro por um feixe de fibras. Cada hemisfério é constituído de uma massa de substância esbranquiçada, revestida na superfície de uma camada mais escura, de cor acinzentada.

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Esta parte externa, o córtex cerebral, ou substância cinzenta, é a sede das funções mais elevadas. Efetivamente, esta é desenvolvida apenas nos animais superiores: o cérebro das aves, dos peixes, dos répteis, dos anfíbios não tem córtex.

Córtex cerebral

No homem, o córtex cerebral é mais extenso que em qualquer outro ser vivo, tão extenso (tem uma área de 20 metros quadrados) que não poderia estar contido no crânio se não fosse dobrado e redobrado sobre si mesmo, formando um grande número de relevos ou circunvoluções, separados por sulcos.



Os sulcos mais profundos subdividem cada hemisfério em quatro regiões, denominadas lobos cerebrais: o lobo frontal na região anterior; o lobo parietal na região média superior; o lobo temporal na região média inferior; o lobo ocipital na região posterior.

As células nervosas do sistema nervoso humano

Examinemos um exemplar dentre os 15 bilhões de células contidas no córtex cerebral. E um corpúsculo de forma variável, arredondada, oval ou triangular, do qual partem finíssimas ramificações, os dendritos, que lembram os ramos de uma planta (déndron em grego significa árvore) e um longo filamento, uma “fibra nervosa”.

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No sistema nervoso humano, a célula nervosa em seu conjunto é chamada neurônio. Por meio dos dendritos cada neurônio se comunica com os neurônios próximos e, por meio da fibra nervosa, lança a distância ou recebe o impulso nervoso.



O impulso passa de um neurônio a outro como se acompanhasse os elos de uma cadeia: assim, do cérebro projeta-se para a periferia do corpo, para os músculos, por exemplo, ou em sentido contrário, da periferia parte para o cérebro, levando os estímulos sensitivos do tato, da luz, dos sons.

Funcionamento do sistema nervoso humano – Resumo

Em princípio, o sistema nervoso humano é a sede de uma forma especial de energia produzida pelas células nervosas, precisamente o impulso nervoso, que se propaga ao longo das fibras nervosas como o fogo em uma mecha, com a velocidade de 300 quilômetros por hora.

Cada órgão, cada partícula do organismo é dependente do cérebro, dele recebendo ordens e transmitindo notícias para que as ordens sejam adequadas às circunstâncias.

Estas relações são mantidas por meio de uma intricadíssima rede de filamentos esbranquiçados que se distribuem por todo o corpo, os nervos. Os nervos não são mais que feixes de fibras originadas de outros tantos neurônios.

Transmissão dos impulsos nervosos no sistema nervoso

Os nervos transmitem o impulso nervoso para a periferia (por exemplo, impulsos para o movimento) ou são percorridos por estímulos que chegam da periferia (para produzirem as sensações).

O cérebro atua no sistema nervoso humano como uma grande central telefônica com 15 bilhões de empregados (as células) que recebem mensagens, seja do exterior, seja de outros setores da central (uma coordenação é sempre indispensável), decifram-nas, interpretam-nas e com extrema rapidez enviam as respostas através de outros fios telefônicos “de saída” para a periferia.

As zonas do córtex cerebral

No córtex cerebral existem algumas áreas com funções específicas. Logo adiante da “Cissura de Rolando”, o sulco que separa o lobo frontal do parietal (Luís Rolando foi um anatomista que viveu de 1773 a 1831), encontramos a zona motora: das células desta partem as ordens para os músculos que deverão contrair-se, ou seja, para os movimentos.

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Atrás da cissura de Rolando situa-se a zona sensitiva: para aí acorrem as percepções dos estímulos do tato que agem sobre a pele. No lobo ocipital localiza-se a zona visual destinada à percepção das imagens visuais; no lobo temporal, a zona auditiva para a percepção dos sons; em outros pontos, a zona olfativa e a zona gustativa para a percepção dos odores e dos sabores.

Função do córtex cerebral

Para termos uma ideia destas funções do córtex cerebral tomemos como exemplo a percepção visual: a luz estimula a retina ocular, mas nós não poderíamos vê-la, percebê-la, se este estímulo luminoso, por meio do nervo óptico, não chegasse à zona visual do córtex. Só, então, nós vemos: é, portanto, o cérebro que nos faz perceber a luz, as cores, a forma dos objetos.

Onde está situada a inteligência?

No cérebro não existe uma sede precisa das faculdades racionais, do que denominamos vontade, intelecto, consciência, memória. Os exames mais minuciosos por parte dos anatomistas e fisiologistas que se dedicam ao estudo do sistema nervoso humano não trouxeram até hoje nenhum resultado neste sentido. O cérebro de um analfabeto não difere pelo aspecto do cérebro de um Einstein e, pelo contrário, pode ter mesmo um peso acima da média que é de 1.300 gramas no homem adulto.

O cérebro, em suma, é como um relógio cuja precisão depende não da dimensão, mas da perfeição do mecanismo. Porém, a respeito deste mecanismo, isto é, da criação do pensamento e das outras atividades psíquicas superiores, não sabemos nada, ou quase nada, do ponto de vista estritamente fisiológico.

Sistema nervoso humano – Instintos

Além das atividades racionais, que dependem do córtex cerebral, o ser humano tem uma vida instintiva, uma vida afetiva e uma vida emotiva. Estas funções correspondem a zonas situadas sob o córtex, na grande massa de substância branca, em suma, no interior do cérebro. Tais zonas constituem o diencéfalo.

O sono e a vigília, a atividade e o repouso, a temperatura do corpo, a fome e a sede, a troca de substâncias nutritivas, tudo isto é gerenciado pelo sistema nervoso humano, onde é regulado pelo diencéfalo, subdividido em duas partes, o tálamo e o hipotálamo.

Emoções

E uma vez que com a satisfação dos instintos vitais ou com a falta de satisfação são experimentados os sentimentos fundamentais de prazer, segurança, tranquilidade, ou então, de desprazer, dor, angústia, ansiedade, medo, ira, rebeldia, agressividade, compreende-se a influência que o diencéfalo exerce sobre o comportamento e sobre o temperamento.

Se o diencéfalo não funcionar de modo equilibrado, podem sobreviver a obesidade ou a magreza, a agitação ou a apatia, a emotividade anormal dos neuróticos, as profundas oscilações de humor do deprimido ou do eufórico.

O cerebelo

Na parte posterior do cérebro está o cerebelo, com o formato semelhante ao de uma borboleta, este também dividido em dois hemisférios.

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Apresenta uma superfície com circunvoluções e sulcos, como se fosse um pequeno cérebro, e também constituído de uma massa de tecido nervoso de aspecto esbranquiçado (substância branca), recoberta por uma camada de tonalidade acinzentada (substância cinzenta), denominada córtex cerebelar (do latim cerebelhim, cerebelo).

Função do cerebelo no sistema nervoso humano

Apesar destas analogias, o cerebelo tem funções diversas das do cérebro no sistema nervoso humano: provê a execução correta dos movimentos, ou seja, a perfeita coordenação dos diversos músculos requisitados para tomar parte em um determinado movimento. Fundamentalmente, no que diz respeito aos movimentos, o cérebro decide o que deve ser feito e o cerebelo estabelece como deve ser feito.

No sistema nervoso humano, o cérebro comanda os movimentos voluntários e o cerebelo se destina a assegurar a precisão dos movimentos, especialmente os mais complexos e que requerem maior destreza.

Equilíbrio do corpo

Uma outra função do cerebelo no sistema nervoso humano consiste em contribuir, juntamente com os canais semicirculares do ouvido, para manter o equilíbrio do corpo.

Quando um bêbado cambaleia, isto se dá justamente porque o cerebelo se ressentiu intensamente da ação do álcool, à qual é particularmente sensível. Por estarem ambos contidos no crânio (no cefalo, isto é, na cabeça), o cérebro e o cerebelo juntos constituem o encéfalo.

Sistema nervoso humano – Resumo

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