Sistema Muscular Humano | Resumo | Anatomia e Função

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O sistema muscular humano é formado pelo grupo de músculos que, em conjunto com o esqueleto, proporcionam o movimento e sustentação do corpo, bem como o funcionamento dos órgãos. A seguir, um resumo completo.

Tipos de músculos

No sistema muscular humano, os músculos estriados apresentam, em geral, a forma de longos fusos de cor vermelha viva, constituídos de feixes de filamentos (fibras musculares) com estrias transversais visíveis ao microscópio e que representam o que comumente chamamos de músculos voluntários.



Diferente destes é a musculatura lisa, com filamentos delgados e curtos, desprovidos de estrias, localizados nas paredes das artérias, do estômago, do intestino, dos brônquios, isto é, de órgãos que também devem mover-se: trata-se, porém, de contrações lentas, que ocorrem independentemente da vontade e, por isso, são também chamados músculos involuntários.

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O tônus muscular

O menor movimento inclui sempre dois músculos no mínimo, o agonista e o antagonista. Suponhamos que queiramos flexionar o antebraço sobre o braço: o bíceps, sendo justamente o músculo flexor, contrai-se e, neste caso é o músculo “agonista”, aquele que age.

Mas no mesmo instante em que parte do cérebro manda uma ordem ao sistema muscular humano para contrair o bíceps, deve partir também uma ordem para o músculo “antagonista”, o tríceps (que estende o antebraço sobre o braço) para que não interfira e não crie obstáculos para o bíceps.



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E não é só isso: o segredo de nossos movimentos tão sutis, precisos, adaptados à finalidade previamente estabelecida, não está contido simplesmente na contração dos músculos agonistas e na inibição dos antagonistas. Se assim fosse, os movimentos seriam descontrolados, desprovidos da medida justa.

Quando o músculo agonista se contrai para flexionar o antebraço sobre o braço, o antagonista mantém um certo tônus.

Função do tônus no sistema muscular humano

Os músculos, mesmo quando em repouso, não se relaxam completamente, estando sempre em estado de tensão elástica, que se observa quando os apalpamos ou procuramos distendê-los, o que constitui precisamente o tônus muscular.



Por meio do tônus, que varia conforme as circunstâncias, os antagonistas contribuem para regular o movimento, para não deixá-lo sem freio. O tônus intervém não só nos movimentos mas também para manter a posição ereta.

O homem fica ereto sobre os membros inferiores graças ao tônus de sua musculatura: na verdade, manter a posição ereta requer certo esforço muscular, tanto é que ficar de pé, mesmo sem andar, cansa.

Posição ereta

A posição ereta é um fenômeno ativo, exigindo que estejamos despertos, e representa o máximo da fadiga ao sistema muscular humano. Se não houvesse o tônus muscular, a cabeça, bem mais pesada que tudo o mais, faria cair o corpo para a frente.

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Uma estátua com as dimensões de um homem se precipitaria ao chão se estivesse apoiada apenas na pequena superfície dos pés. O homem, porém, pode ficar de pé, imóvel, embora tendo só poucos centímetros quadrados de contato com o solo.

Dinâmica do sistema muscular humano

Esta imobilidade, no entanto, é apenas aparente; há, pelo contrário, pequeníssimas contrações musculares, reguladas por mecanismos nervosos coordenadores, que mantêm a posição ereta. O peso do corpo não permite um instante de repouso aos músculos, nem mesmo na posição dita de repouso.

Realiza-se, pois, um trabalho dinâmico e um trabalho estático. O trabalho dinâmico consiste, por exemplo, em levantar do chão um balde cheio d’água, o trabalho estático em segurar o balde com o braço sem movê-lo. No primeiro caso, aflui mais sangue aos músculos, em relação à energia produzida pelos próprios músculos; no segundo, o afluxo é menor e causa mais cansaço.

Músculos dos membros superiores – Resumo

Cada músculo tem um nome. Recordemos apenas os principais. Os movimentos do membro superior são presididos pelo peitoral que leva o braço a abrir-se e a cruzar-se sobre o peito; o bíceps, que faz dobrar o antebraço sobre o braço; o tríceps que, pelo contrário, estende-o; o deltoide, que levanta o braço, o trapézio, que ergue a espádua e faz virar a cabeça para trás; o grande dorsal, que leva o braço para trás e o faz girar para dentro.

Uma menção especial merece, em seguida, a mão. São mais ou menos em número de vinte os músculos da mão e isto basta para fazer compreender a variedade de movimentos que esta pode executar, sendo um dos mais completos encontrados no sistema muscular humano.

Músculos dos membros inferiores – Resumo

No membro inferior encontramos o quadríceps, que dobra a articulação da anca e distende o joelho; o sartório ou costureiro, que dobra a articulação da anca e do joelho e faz girar a coxa para fora; o gastrocnêmico (músculo que modela a barriga da perna), que dobra o joelho e volve o pé para baixo, fixando-se sobre o calcâneo com o vigoroso tendão de Aquiles.

O bíceps do braço, o gastrocnêmico da perna são músculos flexores porque fazem dobrar o membro; o tríceps do braço e o quadríceps da perna são músculos extensores porque fazem distender o membro.

Músculos do tronco – Resumo

Passando ao tronco, temos na parte anterior os músculos intercostais, que ligam as costelas e se contraem e se relaxam com a respiração, e os músculos abdominais que protegem os delicados órgãos internos do abdome (estômago, intestino, etc.); nas costas, os músculos dorsais, importantes para manter a posição ereta.

Músculos da cabeça – Resumo

Na cabeça, relembramos os músculos da mastigação (o principal é o masseter em correspondência com a mandíbula) e os músculos da expressão. Estes últimos são músculos cutâneos, isto é, fazem mover-se apenas a pele e não os ossos. Seu movimento é livre e suave.

Pode-se dizer que, sistema muscular humano, estes músculos manifestam o estado psíquico porque fazem o rosto demonstrar uma expressão de alegria ou de dor, de riso ou de pranto, ou fazem franzir a testa, dilatar as narinas. Em suma, o menor movimento da pele é suficiente para mudar a expressão da face.

As relações entre o sistema muscular e sistema nervoso

Esquematizando o sistema muscular humano, a contração muscular se processa deste modo: do cérebro (da zona motora do córtex cerebral) parte um estímulo, ou seja, uma ordem, para os músculos que devem entrar em ação.

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O estímulo, percorrendo uma série encadeada de células nervosas que constituem o sistema piramidal, comparável a estações ferroviárias com seus trilhos e desvios, percorre por fim o último trecho, o nervo que termina no músculo previamente escolhido.

Junção neuromuscular

Neste ponto, há uma formação peculiar, a junção neuromuscular, onde a energia nervosa se transforma em energia contrátil: trata-se de uma espécie de válvula, que se abre exatamente na direção nervo-músculo. O impulso nervoso faz com que compareça, na junção, uma substância especial, a acetilcolina, que dá origem a novo impulso, capaz de fazer contraírem-se as fibras musculares.

Logo em seguida a acetilcolina desaparece, pois, de outro modo, o músculo ficaria contraído. Falta explicar a coordenação das múltiplas contrações musculares que, como dissemos, preside a todos os movimentos, mesmo aos mais simples.

Regulação dos atos musculares

No sistema muscular humano, os atos musculares necessários à execução normal de um movimento são regulados por um conjunto de células e de fibras nervosas do cérebro, que constituem o sistema extrapiramidal, encarregado de sincronizar, de harmonizar as contrações musculares para que delas resulte um movimento perfeito, adequado, delicado, sutil, o movimento “automático-  que se processa com a maior simplicidade (o cerebelo também participa desta coordenação.

Caminhamos automaticamente, depois de termos aprendido pouco a pouco a andar nos primeiros meses de vida. Um cantor é capaz de produzir, sem hesitação, um grau preciso de contrações musculares para emitir uma nota musical de determinada altura porque tem, já inconscientemente, a noção exata do grau de tensão em que se encontram seus músculos vocais. Estes automatismos são conquistados, porém, à custa de um longo aprendizado.

Sistema Muscular – Resumo

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