A respiração pulmonar é fenômeno de extraordinária importância, porque o oxigênio é um gás indispensável à vida. Posto em contato com os alimentos digeridos, provoca combustões de que resulta a transformação da energia química neles contida em energia calórica ou em movimento e trabalho.
As oxidações têm lugar nas células e, para que o oxigênio chegue até elas, dispomos não somente do aparelho circulatório, como do aparelho respiratório, que leva o ar até os pulmões.
Como funciona a respiração pulmonar
Atravessando as fossas nasais e a faringe, o ar captado para a respiração pulmonar alcança a laringe, órgão de passagem, como os dois anteriores, e chega à traqueia, situada parte no pescoço, parte já no tórax. É um canal produzido pela superposição de 15 a 20 anéis cartilaginosos e que está sempre aberto à livre passagem do ar.
À altura da 4 vértebra dorsal, a traqueia se bifurca, dando os brônquios. Penetrando nos pulmões, estes se dividem em numerosas ramificações, as últimas das quais, muito finas – os bronquíolos – terminam em pequenas bolsas – os alvéolos pulmonares.
Anatomia dos pulmões
Os pulmões, órgãos de consistência esponjosa, são percorridos, internamente, pelas ramificações brônquicas. Têm forma de pirâmide, cuja base repousa sobre o diafragma. O pulmão direito é mais curto e mais largo do que o esquerdo. Ambos estão cobertos por uma membrana serosa, chamada pleura.
O ar captado pela respiração penetra nos pulmões por efeito da inspiração, movimento mecânico devido à ação de músculos chamados inspiradores, entre eles o diafragma, que se achata aumentando o diâmetro vertical do tórax.
Cessada a contração destes músculos, eles voltam, graças à sua elasticidade, à posição primitiva. Dá-se assim a expiração, mediante a qual o ar é expulso dos pulmões.
Contrações resultantes da respiração pulmonar
Quando ocorre a respiração pulmonar, a contração dos músculos inspiradores dilata a caixa torácica. Em consequência, a pressão interna diminui e o ar atmosférico forçado pela pressão externa, penetra nos pulmões. Quando os músculos inspiradores se relaxam, o tórax reduz sua área.
Comprimidos por todos os lados, inclusive pelo diafragma (que se havia abaixado durante a contração e agora volta à posição normal), os pulmões projetam para fora parte do seu conteúdo gasoso, isso porque a pressão interna aumentou. Com a saída dos gases, novamente se restabelece o equilíbrio de pressão, entre o Interior e o exterior.
Passagem de oxigênio para o sangue
É ao nível dos alvéolos pulmonares, envolvidos pelos capilares da artéria pulmonar, que se opera a passagem do oxigênio do ar dos pulmões (onde sua pressão é maior) para o sangue. Fixando-o pela hemoglobina, o sangue vai ao coração (pelas veias pulmonares) e daí é distribuído a todo o organismo (pela aorta).
Entrando em contato com as células, o sangue lhes cede parte do oxigênio que traz e que é utilizado imediatamente na oxidação das substâncias que foram assimiladas por elas.
Gás carbônico resultante da respiração pulmonar
Um dos produtos dessa oxidação realizada na respiração pulmonar é o gás carbônico, que passa para o sangue e “montado” na hemoglobina (carbohemoglobina), vem ter ao coração e, dai, aos pulmões, de onde é expelido.
Os fenômenos da respiração que se passam nos alvéolos pulmonares merecem o nome especial de respiração externa, porque a respiração interna, quer dizer, a verdadeira respiração, esta passa na intimidade dos tecidos, quando o oxigênio transportado pelo sangue é absorvido pelas células ao mesmo tempo que este recebe, destas, o gás carbônico.
Inspiração e expiração
Uma inspiração a uma expiração seguidas constituem um movimento respiratório (16 a 18, por minuto, no adulto). O ar que entra e sai dos pulmões num movimento respiratório normal (cerca de meio litro), se denomina ar corrente.
Podemos, entretanto, realizar uma inspiração forçada (quando entram em jogo outros músculos, dilatando ainda mais o tórax) e, então, maior quantidade de ar (litro e meio) penetra nos pulmões.
Respiração complementar
Esse ar é chamado complementar. Podemos, igualmente, realizar uma expiração forçada, com a intervenção de outro& músculos, que comprimem ainda mais o tórax. Nessas condições, podemos expelir dos pulmões o chamado ar de reserva, calculadamente um litro e meio.
Entretanto, apesar de todo o esforço de expulsão, permanece sempre, nas ramificações brônquicas, uma certa porção de ar, que se denomina ar residual.
Capacidade dos pulmões
A soma do ar complementar e do ar de reserva representa a capacidade vital dos pulmões, que é medido com o auxílio de instrumentos denominados espirômetros. Se lhe ajuntarmos o ar residual, chegaremos a 5 litros, que é a capacidade total dos pulmões.
Respiração pulmonar – Resumo
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