Sangue – Resumo, função, características, sistema circulatório

sangue

Resumo: o que é o sangue?

O sangue é um tecido conjuntivo em estado líquido, produzido pela medula óssea e encontrado no sistema circulatório. Sua principal função é o transporte de substâncias pelo corpo. O sangue é responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes às células, além de transportar hormônios.  O sangue tem participação no processo de defesa do organismo.

Início

Num estado precoce do desenvolvimento do embrião (cerca de 1,5 mês de gestação), é o fígado o principal órgão hematopoiético. Depois de cerca de 2,5 meses de gestação, essa função começa a diminuir passando a ser executada pela medula óssea vermelha (que produz as hemácias, os leucócitos em geral e as plaquetas) e pelo baço e linfonodos (que produzem os linfócitos).



Composição do sangue

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O plasma sanguíneo

O plasma constitui 55% do volume sanguíneo, sendo que 90% é água e 10% uma mistura de substâncias (sais de sódio, cloro, potássio, cálcio, fósforo e outros) e substâncias orgânicas. Da fração orgânica citam-se os aminoácidos, as proteínas (albumina, globulina, aglutininas, protrombina, fibrinogênio, enzimas, anticorpos), hormônios, vitaminas, glicose, lipídios e substâncias nitrogenadas (ureia, ácido úrico, creatinina).

Hemácias

As hemácias, popularmente conhecidas como glóbulos vermelhos, são também chamadas eritrócitos. Sua cor é vermelha devido à presença da hemoglobina, pigmento respiratório encarregado do transporte do oxigênio dos órgãos respiratórios aos tecidos.

Nos mamíferos as hemácias têm a forma de discos bicôncavos. Na espécie humana, seu número é de 5 milhões por mm³ de sangue no homem e 4,5 milhões por milímetro cúbico na mulher. Em cada 100 ml de sangue há, em média, 14 a 17 mg de hemoglobina no homem e 12 a 16 mg na mulher. Quando esse valor se apresenta menor sobrevém a anemia.



Como nos mamíferos as hemácias adultas não possuem núcleo, em circulação elas não duram mais do que 3 a 4 meses. É por isso, então, que o tecido hematopoiético deve estar sempre em atividade para repor as hemácias envelhecidas, que são destruídas no fígado e no baço.

Os leucócitos

Os leucócitos são conhecidos comumente sob a denominação de glóbulos brancos. São células nucleadas de formas e funções diferentes. No citoplasma dos leucócitos pode, ou não, haver granulações. Daí, serem divididos em granulócitos (com granulações) e agranulócitos (sem granulações).

Na espécie humana o número de leucócitos é de 6 000 – 10 000 por milímetro cúbico de sangue. Esse número aumenta durante qualquer quadro clínico de infecção, denominando-se a isso de leucocitose.

Quando o número diminui denomina-se leucopenia. Os leucócitos têm a capacidade de atravessar a parede dos vasos sanguíneos e ir aos tecidos onde haja algum corpúsculo estranho. A essa atividade dos leucócitos denomina-se diapedese.



Os neutrófilos constituem os leucócitos presentes no sangue em maior proporção. Têm a capacidade de fagocitar microorganismos que penetram no organismo. Os acidófilos ou eosinófilos aumentam em número quando o organismo é tomado de um processo alérgico. Os basófilos, além de exercerem a fagocitose, produzem heparina (substância anticoagulante) e histamina (substância vasodilatadora).

Os linfócitos são os menores leucócitos, tendo por função a produção de anticorpos. Os monócitos participam da fagocitose e fazem parte do sistema reticuloendotelial, cuja função é remover células lesadas ou mortas, bem como materiais estranhos destruídos ou armazenados no organismo. Tal sistema compreende os macrófagos (do tecido conjuntivo), as células de Kupffer (do fígado), os linfonodos e o baço.

As plaquetas

As plaquetas ou trombócitos são fragmentos de citoplasma de células da medula óssea denominadas megacariócitos. Seu número é de 300 000 por milímetro cúbico de sangue. As plaquetas interferem no processo de coagulação do sangue graças a substâncias capazes de formar a enzima tromboplastina, a qual catalisa a reação inicial do processo.

Quando o sangue é retirado do organismo ou quando um vaso sanguíneo é lesado, as plaquetas se agrupam em tomo do local, rompem-se e liberam determinadas substâncias que reagem com certos componentes do plasma para formar a trombóplastina. Esta catalisa a reação na qual a protrombina do plasma se transforma em trombina.

Nessa reação participam íons cálcio. A trombina, por sua vez, catalisa a reação na qual o fibrinogênio se transforma em fibrina. A fibrina forma uma rede de filamentos nos quais os glóbulos de sangue ficam presos formando o coágulo.

A síntese de protrombina depende da ação da vitamina K formada no intestino. A parte líquida do sangue coagulado denomina-se soro sanguíneo. Pode-se impedir a coagulação do sangue adicionando nele sais orgânicos (por exemplo, oxalatos), os quais retiram os íons de cálcio impedindo a coagulação. Um composto orgânico, a heparina, também pode ser usado para isso.

A linfa

A linfa é o líquido circulante do sistema linfático. É constituída de plasma e linfócitos. Não contém hemácias nem plaquetas, por isso não coagula. O papel da linfa é a remoção das impurezas, a defesa do organismo, bem como o transporte de ácidos graxos e glicerol absorvidos no intestino.

 

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