Minerais – Propriedades Físicas e Químicas | Tipos e Características

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Nesse artigo você irá aprender sobre as diversas propriedades físicas, químicas, mecânicas, térmicas, elétricas e ópticas dos minerais em um resumo completo.

Propriedades físicas e químicas dos minerais

Muitos são os caracteres físicos e químicos. Eles variam de espécie a espécie e, até, no mesmo indivíduo considerado. Estudemo-los separadamente.



Cor

Alguns minerais são incolores. Muitos, porém, apresentam coloração característica, dividindo-se, então, em idiocromáticos e alocromáticos.

  • Minerais idiocromáticos são os que possuem cor própria. Assim, o ouro é sempre amarelo, a prata é sempre branca, etc.
  • Minerais alocromáticos são os que possuem cor acidental. Exemplo é o berilo: quando verde, é a esmeralda; quando azulado, é a água marinha, etc. Há turmalinas que mostram zonas bem distintas de cor verde, rósea, quando não brancas. A esse fenômeno se denomina policromismo.
  • Policromismo é o fenômeno que consiste em um mineral alocromático apresentar, ao mesmo tempo diversas colorações.
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Berilo, exemplo de mineral alocromático

Brilho

É o efeito da reflexão da luz sobre a superfície do mineral. Há o brilho vítreo (o de um pedaço de vidro), metálico (o de qualquer metal), adamantino o do diamante, etc.

Transparência dos minerais

É a propriedade de se deixarem os minerais atravessar pela luz. Desse ponto de vista, dividem-se em:

  • Transparentes, se se deixam atravessar inteiramente por ela (esmeralda);
  • Translúcidos, se se deixam atravessa: parcialmente (ônix) e) opacos, se se não deixam atravessar pela luz (jaspe).

Tenacidade

É resistência que o mineral opõe à ruptura. Essa propriedade está ligada à força de coesão interna de suas moléculas. Com efeito, se o mineral resiste, por exemplo, a uma forte martelada, diz-se que é tenaz. Caso contrário, é frágil. O ferro é o mais tenaz dos minerais.



Dureza dos minerais

A dureza é a resistência ao risco. Ao contrário da tenacidade, ela é devida à coesão externa das moléculas.

Segundo sua maior ou menor dureza, se dividem em muito moles (os que se deixam riscar pela unha), moles (os que deixam riscar pelo canivete), duros (que não riscam o vidro), muito duros (que riscam o vidro) e duríssimos (que riscam todos os minerais e não se deixam riscar por nenhum).

O talco é um mineral muito mole e o diamante, o mais duro (duríssimo) dos minerais.

Fusibilidade

Fusibilidade é propriedade física muito conhecida: os corpos sólidos, sob a ação do calor, se fundem. Nesse particular, os minerais se dividem em facilmente fusíveis, dificilmente fusíveis e praticamente infusíveis.



Os primeiros se fundem à chama de uma vela; os segundos, somente a temperaturas mais elevadas, utilizando-se o maçarico. Entre os últimos, acha-se o quartzo, que só vem a fundir-se sob temperatura acima de 1700° C.

Propriedades mecânicas dos minerais

Entre as propriedades mecânicas, citaremos as seguintes:

  • Flexibilidade: Alguns se deixam dobrar sem quebrar. O amianto é flexível;
  • Elasticidade: certos minerais voltam à posição primitiva depois de terem sido flectidos. A mica é elástica;
  • Maleabilidade: Alguns podem ser reduzidos a lâminas, sem se romper. O ouro é maleável;
  • Ductilidade: Alguns se deixam reduzir a fios. A platina é dúctil;
  • Sectilidade: certos minerais se deixam cortar. A prata é séctil;
  • Plasticidade: Certos elementos se deixam modelar. O gesso é plástico;
  • Graficidade: São os que deixam traço. Bom exemplo é a grafite, material com que fabricamos o lápis.
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Grafite, exemplo de mineral

Propriedades térmicas dos minerais

A dilatação é a principal propriedade térmica dos minerais. Os amorfos (e os que cristalizam no sistema cúbico) se dilatam em todas as direções (são isótropos), enquanto que os demais cristalizados se dilatam em determinadas direções (anisótropos).

O mesmo se pode dizer relativamente à condutibilidade, outra propriedade térmica dos mesmos.

Propriedades elétricas

Os minerais podem ser eletrizados pelo calor e pelo atrito (piro-eletricidade) e pela compressão (piezo-eletricidade).

Quanto à piezo-eletricidade, citemos, a calcita: basta comprimi-la fortemente e, entre os dedos, para a vermos eletrizada. A turmalina se eletriza de uma maneira curiosa: atritando-se uma de suas extremidades, a outra é também eletrizada. É o que se chama eletricidade polar.

Propriedades óticas

Além da cor, do brilho e da transparência, já estudadas, lembremos a refração, fenômeno segundo o qual, um raio luminoso, passando de um meio transparente a outro, sofre um desvio.

Cumpre saber, agora, que a refração, nos minerais, pode ser simples (quando se verifica um único raio refratado, como se dá em qualquer mineral amorfo) e dupla, quando se assinalam dois raios refratados, como na calcita.

Minerais que apresentam refração simples são chamados monorrefringentes; os que apresentam refração dupla, são birrefringentes.

Propriedades químicas dos minerais

O exame químico muito nos auxilia a caracterizar a espécie a que pertencem, sendo o mais importante o exame qualitativo, que pode ser feito por via úmida e por via seca. O exame por via úmida se faz com o auxílio de ácidos, na seguinte ordem: ácido clorídrico, ácido azótico e ácido sulfúrico.

Deve ter-se o cuidado de, antes, reduzir a pó o mineral, colocando-o, em seguida, num tubo de ensaio. Geralmente, provoca-se a reação a frio; caso não dê resultado, tenta-se a quente.

Exemplo de exame

O exame por via seca se faz com o auxílio do fogo. São diversos os processos de estudos das propriedades dos minerais, sendo um dos mais interessantes o da coloração da chama.

Basta levar à chama do bico de Bunsen (bico de gás existente nos laboratórios) um fragmento do mineral, preso por uma pinça; a chama toma uma coloração especial. Assim, o sódio dá coloração amarela; o potássio, roxa o cálcio, vermelha, o cobre, verde, etc.

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