Vírus – Resumo, o que são, DNA, RNA – Estrutura do vírus

vírus

Estudaremos agora os menores seres vivos existentes. Nesse artigo você aprenderá tudo sobre os vírus em um resumo completo.

Resumo: o que são vírus?

São agentes hospedeiros microscópicos que atuam nas células infectadas. A célula em questão passa a produzir réplicas do mesmo aos milhões.



Características dos vírus

Os vírus não apresentam nenhuma das organelas discutidas celulares e, estritamente falando, não têm metabolismo. Sob o ponto de vista evolutivo, representam o ponto máximo em especialização. Para sua duplicação, dependem apenas de sua capacidade de penetrar nas células de organismos vivos e redirecionar o metabolismo das células (substituindo o DNA celular pelo seu ácido nucléico como elemento controlador).

Vírus diferentes penetram em células diferentes, desde bactérias a células humanas, e fazem uso das diferentes propriedades e moléculas da célula hospedeira. Em casos extremos, a célula hospedeira abandona rapidamente suas funções normais para a produção de novos vírus, até que finalmente morre, liberando os novos para infectar outras células.

O fato de dependerem das células para sua reprodução afasta a hipótese que considerava os vírus como primitivos do ponto de vista evolutivo, isto é, como os ancestrais da vida celular.

Talvez a teoria mais simples seja a de que eles surgiram como uma espécie de parasita, ao mesmo tempo ou logo após a origem da vida celular; possivelmente, alguns constituem formas degeneradas que se desenvolveram a partir de estruturas antes capazes de vida independente. Alguns podem ter se originado de porções do aparelho genético celular.



Estrutura dos vírus

Conhece-se uma grande variedade. Muitos são extremamente pequenos, mais ou menos do tamanho de um ribossomo. Basicamente, consistem de uma parte central que contém ácido nucléico (DNA ou RNA) envolta por um manto constituído por pouco menos que uma centena a vários milhares de moléculas proteicas.

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Nos vírus mais complexos, há componentes lipídicos e oligossacarídicos. Num dado número que infectam células animais, uma membrana lipoprotéica envolve a parte central composta de ácido nucléico viral conjugado a proteínas. Os vírus com RNA (por exemplo, o da pólio e o da gripe tipo A) são os únicos sistemas biológicos conhecidos nos quais o RNA, e não o DNA, é o material hereditário.

Frequentemente, o RNA está presente em sua forma helicoidal simples, mas alguns vírus apresentam uma parte central de RNA em dupla hélice com propriedades semelhantes ao DMA. O Reovirus possui 10 duplas hélices diferentes de RNA em sua parte central, cada uma codificando urna proteína diferente.



Isto pode ser um reflexo evolutivo do fato de que ele infecta células eucarióticas, e estas geralmente no traduzem moléculas de mRNA contendo informações para mais do que uma cadeia polipeptídica.

Penetração nas células

Alguns vírus têm estruturas muito mais complexas, envolvendo várias espécies diferentes de proteína. Por exemplo: o T4, um dos bacteriófagos (que atacam bactérias), tem sua cabeça composta de DNA, envolvida por subunidades protéteicas; além disso,, tem uma “cauda” formada por vários grupos de outros tipos de subunidades, incluindo um conjunto de fibras no final.

A cauda prende o vírus à superfície celular; as enzimas da cauda ajudam a digerir a parede bacteriana. O DNA passa através da cauda e, depois, pelo orifício feito na parede da bactéria pelas enzimas da cauda. Uma contração da cauda, aparentemente acompanhada pelo arranjo de suas subunidades e produzindo um arranjo menor e mais espesso, ajuda a penetração do DNA na célula hospedeira.

O resto do vírus é deixado de fora. Não foi descrito, ainda, como o DNA atravessa, realmente, a membrana citoplasmática. Nem foi estabelecido se o ATP, carregado pelo vírus da célula onde ele se formou, fornece energia para a contração da cauda, embora isto seja frequentemente considerado verdade.

Célula animal

Para outros tipos de vírus, como os que infectam células animais, a primeira etapa de penetração nas células é a adsorção do mesmo à superfície celular. As diferentes linhagens têm desenvolvido mantos com especificidades diferentes, determinando as células às quais eles podem aderir e os componentes particulares da superfície (“receptores”) aos quais eles se ligam.

Para muitos vírus que infectam células animais, a adsorção é feita por “espículas” de proteína filamentosa que sobressaem na superfície do mesmo. Algumas vezes, estas espículas mostram atividade de neuraminidase ou de outra enzima, assim como especificidade de ligação.

Como agem os vírus nas células animais

Os parasitas de células animais podem ter DNA ou RNA. Quando possui DNA, ao penetrar na célula animal, transcreve o RNA e este passa a comandar a síntese de proteínas do vírus.

Quando possui RNA, duas maneiras de atuação podem ser descritas:

  • O RNA viral é utilizado na síntese de moléculas de RNA mensageiro que comanda a síntese das proteínas;
  • Um DNA da célula hospedeira é sintetizado a partir do RNA viral que logo após é degenerado.

Esse DNA transcreve moléculas de RNA que vão comandar a síntese de proteínas do vírus. O mesmo que assim se comporta denomina-se retrovírus.

Quando recebem os vírus, alguns tipos de células animais começam a produzir uma substância chamada interferon, que impede sua multiplicação. Seria uma espécie de sistema de defesa contra a ação do mesmo

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