Axônios – Células nervosas – o que são axônios

Os axônios são componentes de um neurônio. Nesse artigo você aprenderá tudo sobre ele em um resumo completo.

Resumo: o que são os axônios?

O axônio, juntamente com os dendritos e o corpo celular, são uma das regiões que compõem o neurônio. São responsáveis por realizar a transmissão de impulsos nervosos do corpo celular para as outras células do organismo.



Estrutura dos axônios

Em contraste com o corpo da célula, o axônio não contém aparelho de Golgi nem retículo endoplasmático granular. Há poucos ribossomos. A maioria dos deles é amplamente inativa na síntese de proteínas ou outras macromoléculas.

Por outro lado, ao longo de todo o comprimento da maioria há microtúbulos e filamentos, principalmente neurofilamentos, um tipo de filamento intermediário, mas também alguns microfilamentos; estes elementos se orientam paralelos ao eixo longo do axônio.

Há estudos em andamento para determinar se alguns dos microtúbulos ou filamentos individuais têm comprimento suficiente para ir de um extremo ao outro do axônio. As informações limitadas disponíveis sugerem que a maioria dos túbulos e individuais é muito mais curta do que isto, mas se superpõe amplamente em suas extremidades.

Os axônios contém alguns túbulos e vesículas de superfície lisa, incluindo estruturas de origem endocítica, estruturas derivadas do Golgi e retículo citoplasinático liso. São, às vezes, chamados coletivamente de retículo agranular, mas esta denominação não implica que constituam um só sistema estrutural ou funcional.



Em alguns tipos de neurônios o retículo endoplasmático agranular forma uma rede que pode ser contínua de um extremo ao outro do axônio. O retículo endoplasmático liso e outros elementos do “retículo agranular” podem ajudar a regular os níveis de íons Ca livre no citoplasma do axônio.

Transporte dos Axônios

Estudos microscópicos de nervos vivos indicam que há um trânsito constante de estruturas em ambos os sentidos ao longo dos axônios. Isto tem sido confirmado por investigações bioquímicas demonstrando um movimento global de macromoléculas – livres e associadas a membranas – ao longo dos mesmos (no sentido “ortógrado” ou “anterógrado”); este transporte supre o próprio e seus terminais com componentes essenciais.

O movimento no sentido oposto (“transporte retrógrado”) carreia materiais de volta para o pericário para reutilização ou degradação nos lisossomos como parte da renovação intracelular. Especula-se muitas vezes que além de servir de suprimento e renovação, o transporte dos axônios em ambos os sentidos também carreia moléculas “informativas”.

Estas são sinais hipotéticos que o pericário poderia receber ou enviar, permitindo-lhe se comunicar com porções distantes do citoplasma e da superfície celular por outras formas além da condução de impulsos. Além disto, trocas entre células de materiais transportados ao longo de axônios ou dendritos poderiam ser importantes para interações celulares.



Os mecanismos de transporte dos axônios ainda necessitam ser descritos com precisão. Já se chegou a pensar que dependeriam de um tipo de fluxo global semelhante à peristalse, do axoplasma dentro do mesmo, mas sabe-se agora que isto não é exato.

Movimento

Diferentes materiais podem se mover a velocidades bem diferentes ao longo do mesmo axônio. Muitas estruturas delimitadas por membranas parecem se mover rapidamente, a velocidades de até centenas de milímetros por dia; outros materiais, como os componentes dos mlcrotúbulos e filamentos e possíveis moléculas do citossol, movem-se lentamente, a um ou poucos milímetros por dia.

As mitocôndrias mostram um comportamento complexo, interpretado como incluindo períodos em que se movem rapidamente ao longo dos axônios, períodos em que invertem o sentido e períodos em que permanecem estacionárias.

Correspondendo a esta variedade de velocidades, diversas vias e mecanismos diferentes de transporte poderiam participar na produção de movimento em um ou ambos os sentidos. Processos mediados por microtúbulos ou filamentos (ou o postulado sistema microtrabecular), são óbvias possibilidades.

Muitos pesquisadores pensam que tais processos impulsionam vesículas, estruturas endocíticas e outros elementos delimitados por membranas. Fluxos dentro do retículo endoplasmático agranular e movimentos de moléculas no plano da membrana citoplasmática ou da membrana do retículo endoplasmático também são possíveis mecanismos de transporte axônico.

O Impulso Nervoso

impulso-nervoso

A característica mais prontamente observável da passagem de um impulso nervoso ao longo dos axônios é uma mudança no “potencial” (a diferença no potencial elétrico) que existe através da membrana citoplasmática; esta alteração (o potencial de ação) move-se como uma onda ao longo da superfície do axônios.

A teoria atual, coza muita base, mantém que o mecanismo causal depende do movimento de íons acompanhando uma onda de alterações de permeabilidade que passa ao longo da membrana.

O axônios são capazes de conduzir impulsos em ambos os sentidos ao longo de seu comprimento. Normalmente, os impulsos movem-se em um sentido porque são iniciados em uma extremidade; além disto, quando um impulso passa por uma dada região, as alterações que ocorrem tornam aquela região incapaz de conduzir outro impulso por algum tempo (o período refratário). Apenas na última etapa relacionada à propagação do impulso é que a célula consome ativamente energia química.

Na célula viva, as mitocôndrias fornecem energia para a bomba de sódio, mas é a própria membrana dos axônios (talvez junto com algum material intimamente associado) que parece ser a única responsável pela condução de impulsos. Isto foi elegantemente demonstrado pelo uso de axónios gigantes, com 500 µm de diâmetro, encontrados na lula.

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