Fuinha – Animal silvestre | Características e curiosidades

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A fuinha (Martes foina) é um pequeno animal silvestre da família dos mustelídeos, muito apreciada como animal de estimação. Aprenda a seguir as características e curiosidades desse pequeno mamífero.

Características da fuinha

A fuinha é um animal muito parecido com a marta, porém um pouco menor. O macho adulto não ultrapassa 70 cm, dos quais um terço pertence à cauda. Os membros são mais curtos, as orelhas menores e a pelagem, curta e mais clara, é mais grosseira e menos uniforme.



A mancha da garganta é branca e alonga-se para abranger a superfície interna dos membros anteriores, enquanto que na marta é amarela e reduzida à região guiar.

Os setiformes são esbranquiçados e os viliformes castanho-escuros, tendo o conjunto uma característica tonalidade acinzentada, mais escura na cauda e nos membros. Como nas zibelinas, os bordos das orelhas são cobertos de pelos esbranquiçados.

Distribuição geográfica do animal

A área de distribuição geográfica da fuinha compreende grande parte da Ásia ao norte do Himalaia, incluindo a Mongólia e a Mandchúria, e praticamente toda a Europa, com exceção do extremo norte da península escandinava e de algumas ilhas: Inglaterra, Irlanda, Sardenha, Córsega e Sicília. Por outro lado, fuinhas podem ocorrer em Creta e em Rodes.

Habitat

Durante os meses de verão este animal é encontrado nas encostas alpinas, além dos limites das Coníferas. Contudo, prefere as planícies cultivadas, onde se instala nas vizinhanças dos locais habitados pelo homem.



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Em particular, a fuinha é atraída por granjas, coelheiras, cabanas abandonadas e montes de lenha, de onde provém grande parte de seu alimento habitual.

Na floresta, este animal constrói quase sempre seu abrigo em ocos de árvores, mas nas granjas ele se esconde debaixo dos montes de feno ou de palha, perto dos tabiques, onde cava suas tocas despedaçando com os dentes os obstáculos que encontra.

Comportamento da fuinha

A fuinha avança aos saltos, deixando no solo molhado pegadas bem visíveis. As marcas das mãos são mais nítidas que as dos pés. Embora tenha cinco dedos em cada pé e mão, as impressões são apenas quatro, pois o polegar mal toca o chão.

Boa escansora, a fuinha sobe pelos troncos mais lisos. É igualmente boa nadadora. Sabe introduzir-se nas mais estreitas fendas e nas tocas e passagens mais exíguas. No inverno, o animal passa os dias dormindo em sua toca, saindo apenas à noite, ao passo que no verão também caça durante o dia.

Alimentação

Esperta, ágil e corajosa, a fuinha demonstra astúcia e ousadia incríveis quando sai em busca de alimento, chegando até a erguer as telhas dos telhados para alcançar as presas cobiçadas. Como os outros mustelídeos, faz enormes estragos nos galinheiros e coelheiras, matando mais do que pode comer.

Diz-se que ela bebe o sangue de suas vítimas até saciar-se, roubando apenas uma presa que lhe serve de repasto. Entretanto, adormece às vezes, farta e esgotada, no meio de suas vítimas, ou sobre o telhado de um pombal ou de um galinheiro.

Mata igualmente roedores, coelhos e aves de todos os tipos. Gosta muito de ovos, cuja casca perfura com os dentes para beber o conteúdo. Na floresta, a fuinha caça esquilos, répteis e anfíbios. Também aprecia ainda mel e frutos.

Período de reprodução

Durante o verão, na época do cio, a fuinha exala forte odor almiscarado e emite gritos muito característicos. Pode cruzar com a marta, dando origem a híbridos fortes e espertos. Como na marta-comum, a implantação do óvulo na mucosa uterina é retardada e a gestação pode variar de 250 a 295 dias.

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Os filhotes nascem no começo da primavera, em fins de março ou começo de abril, tendo as ninhadas de 3 a 5 crias. É a época em que abundam suas presas habituais, aquela em que nascem os ratos-silvestres e as aves saem do ovo.

As fuinhas nascem sem dentes, com os olhos fechados, cobertos por uma pelagem rala que deixa entrever sua pele rosa, mas na qual já aparece nitidamente a mancha característica da garganta. Ao fim de cerca de 40 dias, os filhotes começam a digerir alimentos sólidos.

Desenvolvimento dos filhotes de fuinha

A mãe cuida sozinha de sua alimentação, instruindo-os também na arte da caça. Obriga-os a vencer obstáculos diversos, rochas, pequenos muros, troncos de árvores, até que as pequenas fuinhas tenham adquirido a agilidade necessária para sobreviverem aos riscos e perigos constantes da vida silvestre.

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