Os mangustos, que pertencem ao gênero Herpestes, são viverrídeos de corpo alongado, focinho pontudo e longa cauda afilada, pés e mãos com cinco dedos e garras não-retráteis.
Seu corpo é tão baixo que os pelos do ventre roçam o chão. Entretanto, não se pode dizer que rastejam, mas, sim, que saltitam. Além disso, são capazes de correr a uma velocidade notável.
Características dos mangustos
Os mangustos não possuem glândulas odoríferas. Habitam as regiões tropicais da Ásia e da África, com exceção do icnêumon, que é encontrado na região do Mediterrâneo. O mangusto-cinzento-indiano mede de 40 a 50 cm, fora a cauda, um pouco mais curta. Os pelos, longos e eriçados, são cinzentos mas exibem o ápice anelado de branco, o que dá ao animal uma tonalidade cinzento-clara com reflexos prateados.
Distribuição geográfica
Sua área de distribuição geográfica vai da Arábia, da Pérsia e do Afeganistão até a Índia, Assam e Nepal, passando pela ilha de Ceilão. O mangusto vive de preferência nos pequenos bosques, nas plantações, nas margens recobertas de vegetação e nas encostas rochosas com vegetação secundária.
Alimentação do mangusto
Os mangustos praticam, comumente, verdadeiras carnificinas entre as galinhas e outras aves domésticas. Ávidos por frutos prefere, entretanto, carne. Correm de uma rocha a outra, inspecionando buracos e fendas na esperança de descobrir um rato, um camundongo, um lagarto ou uma serpente.
Mas, se cobiça uma galinha, estica-se no solo como se estivesse morto. Levada pela curiosidade, a ave imprudente aproxima-se e é devorada. As lutas que o mangusto trava com as serpentes peçonhentas são célebres.
Mangustos e as cobras
Sua extraordinária agilidade compensa seu pequeno porte e lhe permite matar najas possantes. Os nativos acreditam que, se for mordido pelo réptil, o mangusto imediatamente come a raiz de uma planta muito amarga, chamada muno. Esta planta imuniza-o contra a peçonha e o animal pode retornar ao combate.
Esta história não passa provavelmente de uma lenda; a melhor arma do mangusto é a agilidade, da qual ele dá provas em todas as circunstâncias. Por outro lado, a espessura de sua pele protege-o certamente das mordidas. Não é menos verdade que sem ser, propriamente falando, imunizado contra a peçonha da cobra, o mangusto é sem dúvida alguma menos sensível a seus efeitos que a maioria dos mamíferos.
Curiosidades
O mangusto foi introduzido na ilha da Jamaica depois de 1870 para destruir os ratos que infestavam as plantações de cana-de-açúcar. Os viverrídeos reproduziram-se abundantemente durante uma dezena de anos e destruíram um bom número de Roedores.
Mas sua introdução nesta região foi completamente nociva pois os viverrídeos também se revelaram um verdadeiro flagelo para a fauna local, entre a qual provocaram calamitoso desequilíbrio.
Diminuição do número de indivíduos
Muitas espécies rarearam de maneira alarmante, ou extinguiram-se mesmo completamente. Foi principalmente o que aconteceu com os grandes roedores e com os insetívoros. Até então, esses animais tinham vivido num meio destituído de predadores de seu porte.
Por outro lado, o desaparecimento dos ratos revelou-se passageiro: os sobreviventes procuraram refúgio nas árvores, mas, assim que os mangustos e demais viverrídeos começaram a diminuir por falta de caça, retomaram progressivamente sua existência terrícola.
Este episódio, entre tantos outros, prova bem como se deve ser prudente na introdução de espécies animais em regiões onde a fauna é muito especializada, como é geralmente o caso das ilhas.
Comportamento dos mangustos
De todos os mangustos, o indiano é o que amansa mais facilmente. Limpo, amigo e alegre, é comumente encontrado nas habitações onde caça ratos – e camundongos. Só os persegue durante o dia.
Quando penetra pela primeira vez numa casa, começa por inspecionar minuciosamente os buracos, fendas e esconderijos de toda a natureza. Seu olfato muito apurado ajuda-o a encontrar rapidamente as Presas. Afeiçoa-se muito a seu dono.
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