Classe dos Mamíferos: Características – Marsupiais e Placentários – Resumo

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A classe dos mamíferos é de uma importância sem tamanho dentro da ecologia. Por isso, nesse artigo você entenderá tudo sobre os mamíferos, em um resumo completo: desde sua reprodução, nascimento aos diversos tipos: terrestres, aquáticos e voadores. Entenda qual diferença e veja exemplos de Mamíferos Marsupiais e Placentários.

Classes dos mamíferos

Os Mamíferos recentes são grupados em três infraclasses, duas das quais mais relacionadas entre si, razão por que são reunidas numa mesma subclasse, como se vê no quadro da página 111. As 18 ordens que atualmente têm representantes compreendem cerca de 4.000 espécies, restando delas um número relativamente reduzido para serem descobertas e descritas.



Os embriões da maior parte das espécies recentes estão em contato com a parede interna do útero materno pela placenta, que permite trocas de gases e de elementos nutritivos entre o embrião e a mãe, através do cordão umbilical. Por essa razão tais espécies são agrupadas na infraclasse dos Euterianos ou Placentários. Já os Marsupiais são desprovidos de placenta.

Agora vamos entender qual a diferença entre os grupos: Marsupiais e Placentários.

Marsupiais e Placentários

Os seus filhotes nascem em um estado de desenvolvimento ainda embrionário, que exige o ambiente protegido e especial de uma bolsa marsupial, onde completam sua formação, durante várias semanas após o nascimento. Por fim, os Monotremos, que pertencem à subclasse dos Prototerianos, são ovíparos, sendo os recém-nascidos afeitados pela mãe.

As duas infraclasses que reúnem os Marsupiais (ou Metateriano)  e os Placentários (ou Euteriano) formam a subclasse dos Terianos.



Os marsupiais são animais de onde há uma presença de uma bolsa abdominal, conhecida como marsúpio, onde se processa grande parte do desenvolvimento dos filhotes. Diferentes dos placentários, que apresentam placenta.

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Marsupiais

O processo do nascimento dos Marsupiais exigiu muitas horas de observação e pesquisas, da parte dos zoólogos, para ser elucidado. Até recentemente discutia-se como os recém-nascidos chegavam ao marsúpio: se pelos próprios meios ou se colocados pela mãe.

Descobriu-se, finalmente que um canguru gigante, que atinge 1,50 m de comprimento do focinho à ponta da cauda, quando adulto, nasce com apenas 2,5 cm. Tão logo surge, totalmente cego e desprotegido, deve abrir caminho entre os pelos que recobrem o ventre materno para alcançar o interior da bolsa.



E preciso que a mãe o auxilie, umedecendo o trajeto com a língua e mesmo empurrando-o com a boca na direção correta. Atingindo sua meta, o recém-nascido busca uma das tetas, à qual se fixa com auxílio da possante musculatura circular que lhe envolve a boca.

Nessa posição permanece o tempo necessário para completar o seu desenvolvimento. Impotente para sugar o leite, este lhe é injetado por contrações sucessivas da própria mama. Sua laringe prolonga-se em forma de tubo até à base das fossas nasais, o que evita que o pequeno animal morra sufocado.

No caso do canguru gigante, o embrião permanece nesse estado durante dois meses, mamando incessantemente. Somente no terceiro mês ele deixara a proteção da bolsa e começará a sair para o exterior, retornando a ela,, rapidamente, se algo o assusta. Alguns Marsupiais carecem de bolsa. Existe apenas uma dobra de pele que protege a cria, como é o caso das gambás-d’água brasileiras.

Vivencia em bandos

Os Mamíferos são, na maioria, animais sociais, que vivem em bandos ou colônias, constituídos por indivíduos da mesma espécie e, às vezes, de
espécies distintas, como sucede com alguns sagüis amazônicos. São instintos de preservação e de multiplicação da espécie que os levam a agrupar-se. Em algumas espécies a estrutura social é extremamente complexa, com sistemas de dominância hierárquica bem estratificados.

Nos grandes rebanhos, o indivíduo mais corajoso assume a liderança e os demais o seguem. Nos ruminantes, este papel cabe muitas vezes a uma fêmea idosa, especialmente se não tem prole.

Em outros grupos, como nos Primatas, o comando fica nas mãos de um macho adulto, que o conquista em renhidos combates com os rivais do mesmo bando. Pode-se dizer, de forma simbólica, que o poder entre os macacos repousa na força, e que, entre os ruminantes, reside na experiência e na competência. Os Mamíferos que vivem solitários são poucos.

Em geral, indivíduos velhos, irascíveis ou inutilizados são expulsos ou se afastam voluntariamente do convívio social. Adotam hábitos peculiares e tornam-se perigosos, como acontece, por exemplo, com os elefantes, os tigres e os quatis.

Animais normalmente silenciosos, como o leão e o tigre, enchem os ares com seus rugidos peculiares. O comportamento social provoca atitudes curiosas, como a constituição dos haréns, entre os leões-marinhos e os elefantes-marinhos. Passada a época do acasalamento, no entanto, a maioria dos Mamíferos mostra-se indiferentes.

Alimentação dos mamíferos

Os Mamíferos empregam a maior parte do tempo em que estão ativos na busca de alimento. Este é constituído por quase todos os produtos de origem animal ou vegetal, que consomem em grandes quantidades, se bem que menos que as Aves. Estas têm maior necessidade em virtude do dispêndio de energia, derivado da atividade muscular desenvolvida durante o vôo. Após um repasto buscam a tranqüilidade de um abrigo, onde dormem ou repousam, como fazem os ruminantes.

Mamíferos e o clima em regiões frias

Nas regiões de clima frio e invernos rigorosos, quando a vegetação desaparece e a água se congela, pouco antes do término do outono ou no início do inverno, os Mamíferos que hibernam se retiram para seus abrigos. O longo sono e as modificações orgânicas que se processam nessa ocasião são condicionados pela ação de hormônios, os quais, por sua vez, são controlados por um estímulo externo: a diferença no número de horas do dia e da noite.

Este mecanismo chama-se loto periodismo. O ritmo cardíaco e a respiração tornam-se lentos, a temperatura do corpo cai de vários graus, os membros tornam-se rígidos e frios, o estômago e o intestino esvaziam-se, e o animal retém poucos sinais de vida.

Graças a essa redução extrema do ritmo vital ele suporta as duras condições impostas pelo clima. Se o coração e os pulmões funcionassem normalmente, a gordura acumulada em seu organismo seria consumida rapidamente; mas, como a respiração se reduz a um mínimo, o processo de combustão interna subsistente é apenas o bastante para manter um estado de vida latente.

Ao aproximar-se a primavera, o animal desperta e passa a alimentar-se com as provisões estocadas, em seu abrigo, no verão anterior. Freqüentemente ingressa ainda em longos períodos de sono, que se normalizam pouco a pouco. Ao deixar o abrigo entra em uma fase de excitação que precede a atividade sexual. Apenas os pequenos Mamíferos hibernam realmente.

Migração dos mamíferos

Muitos Mamíferos buscam melhores condições ambientais realizando migrações periódicas, as quais, porém, apesar de extensas, não se comparam às das Aves. Os pequenos lemingues das planícies da Europa setentrional reúnem-se em bandos numerosos, que, em determinadas ocasiões. premidos pela falta de alimento, se deslocam em direção à costa, atravessando até mesmo cursos de água e estreitos braços de mar, perecendo às vezes aos milhares ao despencarem nos fiordes ou após nadarem grandes distâncias em mar aberto.

Os antílopes da África meridional, os bisões norte-americanos, as renas, os caribus, as focas, as baleias e os cachalotes, entre outros, realizam grandes movimentos migratórios. Os morcegos utilizam percursos determinados. Entretanto, nas regiões tropicais não se verificam migrações verdadeiras entre os Mamíferos terrestres.